Ao observar a Ama de sua canoa com seu formato alongado e cilíndrico, Hamã Oliveira não teve dúvidas, tratava-se de um “Caramuru”: peixe de água salgada lembrando uma serpente, de hábitos noturnos e habitante de locas e pedras, cuja mordida é capaz de causar sérios ferimentos.
Além disso, a palavra “Caramuru”, remonta a fatos históricos de suma importância no descobrimento do Brasil: Foi por volta de 1510 que o Fidalgo Português da Casa Real, Diogo Álvares Correia, viajando para a Capitania Hereditária de São Vicente/SP, naufragou na Praia do Rio Vermelho - costa nobre da cidade de Salvador - BA, a primeira capital nacional. Seus companheiros foram mortos pelos índios Tupinambás, (temidos canibais), mas ele conseguiu sobreviver e passou a viver entre os índios, de quem recebeu a alcunha de Caramuru.
Esse apelido faz referência ao fato de Diogo ter sido supostamente encontrado pelos indígenas em meio as pedras e algas da praia, como se fosse uma lampreia. O náufrago português foi bem acolhido pelos Tupinambás a ponto do chefe deles, Taparica, lhe ter dado uma de suas filhas como esposa, a lendária Catharina Paraguaçu.
Pelo designer do seu equipamento aliado aos fatos históricos do destemido desbravador brasileiro, nasceu a marca KARAMURU CANOES AND ACCESSORIES, com o objetivo de propagar pelo Brasil suas canoas e acessórios, trazendo no flutuador (AMA) dos seus principais equipamentos - as canoas coletivas de seis ou sete tripulantes - a imponente figura do peixe serpente.
O desenho criado com traços Maoris, “indígenas Neozelandeses” foi desenvolvido com o intuito de homenagear esta civilização que habitam há milênios a vértice oeste do imaginário triângulo polinésio. Esta população foi uma das grandes precursoras do surgimento e difusão das canoas Polinésias como meio de transporte, recreação, pesca dentre outros.
Conhecida ao redor do Mundo por diversos nomes, a Canoa Polinésia independente do seu tamanho ou capacidade de tripulantes, caracteriza-se pela existência de dois braços, “pedaços de madeira”, ligados a um flutuador lateral, que geralmente encontra-se do lado esquerdo da canoa, porém por vezes e a depender das circunstâncias também pode ser colocada do lado direito.
Suas artes geométricas possuem um profundo significado espiritual e religioso.
Desta mesma forma a marca da empresa traz criptografada nos diversos símbolos Maoris utilizados seus objetivos e espírito.
A Canoa Polinésia é conhecida pelos Maoris como: Waka Ama; Havaianos: Wa’a , Tahitianos e países de idioma Francês: Va’a, países de idioma Inglês: Outrigger Canoe.